Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as
coisas que nela estão escritas porque o tempo está próximo. Apocalipse 1.3.
E DEU ordem ao que estava sobre a sua casa, dizendo: Enche de mantimento
os sacos destes homens, quanto puderem levar, e põe o dinheiro de cada um na boca do seu
saco.
2
E o meu copo, o copo de prata, porás na boca do saco do mais novo, com o
dinheiro do seu trigo. E fez conforme a palavra que José tinha dito.
3
Vinda a luz da manhã, despediram-se estes homens, eles com os seus
jumentos.
4
Saindo eles da cidade, e não se havendo ainda distanciado, disse José ao
que estava sobre a sua casa: Levanta-te, e persegue aqueles homens; e, alcançando-os, lhes
dirás: Por que pagastes mal por bem?
5
Não é este o copo em que bebe meu senhor e pelo qual bem adivinha?
Procedestes mal no que fizestes.
6
E alcançou-os, e falou-lhes as mesmas palavras.
7
E eles disseram-lhe: Por que diz meu senhor tais palavras? Longe estejam
teus servos de fazerem semelhante coisa.
8
Eis que o dinheiro, que temos achado nas bocas dos nossos sacos, te
tornamos a trazer desde a terra de Canaã; como, pois, furtaríamos da casa do teu senhor
prata ou ouro?
9
Aquele, com quem de teus servos for achado, morra; e ainda nós seremos
escravos do meu senhor.
10
E ele disse: Ora seja também assim conforme as vossas palavras; aquele
com quem se achar será meu escravo, porém vós sereis desculpados.
11
E eles apressaram-se e cada um pôs em terra o seu saco, e cada um abriu o
seu saco.
12
E buscou, começando do maior, e acabando no mais novo; e achou-se o copo
no saco de Benjamim.
13
Então rasgaram as suas vestes, e carregou cada um o seu jumento, e
tornaram à cidade.
14
E veio Judá com os seus irmãos à casa de José, porque ele ainda estava
ali; e prostraram-se diante dele em terra.
15
E disse-lhes José: Que é isto que fizestes? Não sabeis vós que um homem
como eu pode, muito bem, adivinhar?
16
Então disse Judá: Que diremos a meu senhor? Que falaremos? E como nos
justificaremos? Achou Deus a iniqüidade de teus servos; eis que somos escravos de meu
senhor, tanto nós como aquele em cuja mão foi achado o copo.
17
Mas ele disse: Longe de mim que eu tal faça; o homem em cuja mão o copo
foi achado, esse será meu servo; porém vós, subi em paz para vosso pai.
18
Então Judá se chegou a ele, e disse: Ai! senhor meu, deixa, peço-te, o
teu servo dizer uma palavra aos ouvidos de meu senhor, e não se acenda a tua ira contra o
teu servo; porque tu és como Faraó.
19
Meu senhor perguntou a seus servos, dizendo: Tendes vós pai, ou irmão?
20
E dissemos a meu senhor: Temos um velho pai, e um filho da sua velhice, o
mais novo, cujo irmão é morto; e só ele ficou de sua mãe, e seu pai o ama.
21
Então tu disseste a teus servos: Trazei-mo a mim, e porei os meus olhos
sobre ele.
22
E nós dissemos a meu senhor: Aquele moço não poderá deixar a seu pai; se
deixar a seu pai, este morrerá.
23
Então tu disseste a teus servos: Se vosso irmão mais novo não descer
convosco, nunca mais vereis a minha face.
24
E aconteceu que, subindo nós a teu servo meu pai, e contando-lhe as
palavras de meu senhor,
25
Disse nosso pai: Voltai, comprai-nos um pouco de mantimento.
26
E nós dissemos: Não poderemos descer; mas, se nosso irmão menor for
conosco, desceremos; pois não poderemos ver a face do homem se este nosso irmão menor não
estiver conosco.
27
Então disse-nos teu servo, meu pai: Vós sabeis que minha mulher me deu
dois filhos;
28
E um ausentou-se de mim, e eu disse: Certamente foi despedaçado, e não o
tenho visto até agora.
29
Se agora também tirardes a este da minha face, e lhe acontecer algum
desastre, fareis descer as minhas cãs com aflição à sepultura.
30
Agora, pois, indo eu a teu servo, meu pai, e o moço não indo conosco,
como a sua alma está ligada com a alma dele,
31
Acontecerá que, vendo ele que o moço ali não está, morrerá; e teus servos
farão descer as cãs de teu servo, nosso pai, com tristeza à sepultura.
32
Porque teu servo se deu por fiador por este moço para com meu pai,
dizendo: Se eu o não tornar para ti, serei culpado para com meu pai por todos os dias.
33
Agora, pois, fique teu servo em lugar deste moço por escravo de meu
senhor, e que suba o moço com os seus irmãos.
34
Porque, como subirei eu a meu pai, se o moço não for comigo? para que não
veja eu o mal que sobrevirá a meu pai.