Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as
coisas que nela estão escritas porque o tempo está próximo. Apocalipse 1.3.
Cumpridas estas coisas, Paulo propôs, em seu espírito, ir a Jerusalém,
passando pela Macedônia e pela Acaia, porque dizia: Depois de haver estado ali, é-me
necessário ver também Roma.
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E, enviando à Macedônia dois dos que o auxiliavam, Timóteo e Erasto,
ficou ele por algum tempo na Ásia.
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Por esse tempo houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho.
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Porque certo ourives, por nome Demétrio, que fazia da prata miniaturas do
templo de Diana, proporcionava não pequeno negócio aos artífices,
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os quais ele ajuntou, bem como os oficiais de obras semelhantes, e disse:
Senhores, vós bem sabeis que desta indústria nos vem a prosperidade,
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e estais vendo e ouvindo que não é só em Éfeso, mas em quase toda a Ásia,
este Paulo tem persuadido e desviado muita gente, dizendo não serem deuses os que são feitos
por mãos humanas.
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E não somente há perigo de que esta nossa profissão caia em descrédito,
mas também que o templo da grande deusa Diana seja estimado em nada, vindo mesmo a ser
destituída da sua majestade aquela a quem toda a Ásia e o mundo adoram.
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Ao ouvirem isso, encheram-se de ira, e clamavam, dizendo: Grande é a
Diana dos efésios!
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A cidade encheu-se de confusão, e todos à uma correram ao teatro,
arrebatando a Gaio e a Aristarco, macedônios, companheiros de Paulo na viagem.
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Querendo Paulo apresentar-se ao povo, os discípulos não lho permitiram.
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Também alguns dos asiarcas, sendo amigos dele, mandaram rogar-lhe que não
se arriscasse a ir ao teatro.
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Uns, pois, gritavam de um modo, outros de outro porque a assembléia
estava em confusão, e a maior parte deles nem sabia por que causa se tinham ajuntado.
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Então tiraram dentre a turba a Alexandre, a quem os judeus impeliram para
a frente e Alexandre, acenando com a mão, queria apresentar uma defesa ao povo.
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Mas quando perceberam que ele era judeu, todos a uma voz gritaram por
quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios!
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Havendo o escrivão conseguido apaziguar a turba, disse: Varões efésios,
que homem há que não saiba que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa
Diana, e da imagem que caiu de Júpiter?
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Ora, visto que estas coisas não podem ser contestadas, convém que vos
aquieteis e nada façais precipitadamente.
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Porque estes homens que aqui trouxestes, nem são sacrílegos nem
blasfemadores da nossa deusa.
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Todavia, se Demétrio e os artífices que estão com ele têm alguma queixa
contra alguém, os tribunais estão abertos e há procônsules: que se acusem uns aos outros.
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E se demandais alguma outra coisa, averiguar-se-á em legítima
assembléia.
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Pois até corremos perigo de sermos acusados de sedição pelos
acontecimentos de hoje, não havendo motivo algum com que possamos justificar este
ajuntamento.