Gálatas
Autor: Paulo
Data: Cerca de 55 - 56 dC
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Esboço de Gálatas
I. Introdução 1.1-10
Saudação 1.1-5
Deserção dos gálatas 1.6-7
Denúncia contras os judaizantes 1.8-9
Declaração da integridade de Paulo 1.10
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II. Biografia: Paulo defende sua autoridade 1.11-2.21
A fonte de sua autoridade 1.11-24
O reconhecimento de sua autoridade 2.1-10
A manifestação de sua autoridade 2.11-21
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III. Doutrina: Paulo defende seu evangelho 3.1-4.31
Com discussão 3.1-4.11
... A Lei é inoperante para salvar, mas conduz a Cristo e à fé 3:1-29
... Não somos mais escravos, mas filhos 4:1-11
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Por apelo 4.12-20
Por alegoria 4.21-31
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IV. Prática: Paulo exorta os gálatas 5.1-6.10
Para usar adequadamente sua liberdade cristã 5.1-15
Para caminhar através do Espírito 5.16-26
Para carregar os fardos dos outros 6.1-10
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V. Conclusão 6.11-18
advertência contra os legalistas 6.11-13
Centralidade da cruz 6.14-16
Marcas de um apóstolo 6.17
Bênção 6.18
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Destinatários
Gálatas é a única carta que Paulo endereçou especialmente a uma grupo de Igrejas. A Galácia não era
uma cidade, mas uma região da Ásia Menor, que incluía várias cidades. Seu nome originou-se no Séc.
III aC, quando uma tribo de pessoas da Gália migrou para o local. No séc. I dC, o termo ?Galácia?
era usado geograficamente pra indicar a região centro-norte da Ásia Menor, onde os gálios tinha se
estabelecido; politicamente, designava a província romana na parte centro-sul da Ásia Menor. Paulo
enviou esta carta para as igrejas na província da Galácia, uma área que incluía as cidades de
Antioquia, Icônia, Listra e Derbe.
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Data
A questão da data de Gálatas depende principalmente da correlação de 2.1-10 com a visitas de Paulo a
Jerusalém registradas em At. Embora o cap. 2 posse ser identificado com a chegada da fome em At
11.30, são encontradas poucas dificuldades para relacionar a carta com os acontecimentos de At 15.
Paulo provavelmente tenha escrito a carta por volta de 55 ou 56 dC, quando estava na Macedônia ou em
Corinto, em sua terceira viagem missionária.
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Conteúdo
Gálatas contém divisões biográficas, doutrinárias e práticas de dois capítulos cada.
Na primeira seção (caps. 1-2), Paulo defende sua autoridade apostólica.
Na segunda seção, doutrinária, (caps 3-4), Paulo apresenta uma série de argumentos e ilustrações
para provar a inferioridade da lei em relação ao evangelho e para estabelecer o verdadeiro propósito
da Lei.
Na terceira, aplicação prática da doutrina ( caps. 5-6), Paulo exorta os gálatas pra usarem
adequadamente sua habilidade cristão e para não abusarem da mesma. Ao invés de dar lugar ao pecado,
o evangelho fornece meios para se obter a justiça que a Lei exige.
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Cristo Revelado
Paulo ensina que Jesus coloca aqueles que têm fé nele (1.16; 3.26) em uma posição de liberdade (2.4;
5.1), libertando-os da servidão ao legalismo e à libertinagem. A principal ênfase do apóstolo está
na crucificação de Cristo como base para a libertação do crente da maldição do pecado (1.4; 6.14),
do próprio eu (2.20) e da lei (3.12; 4.5). Paulo também descreve uma dinâmica união de fé com Cristo
(2.20), visivelmente retratada no batismo (3.28). Em relação à pessoa de Cristo, Paulo declara tanto
sua divindade (1.1,3,16) quanto sua humanidade (3.16; 4.4), que ele próprio revelou a Paulo
(1.12).
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O Espírito Santo em Ação
Os judaizantes estavam errados sobre as formas de santificação, bem como a forma de justificação.
Uma passagem importante é 3.2-3, em que Paulo pergunta aos Gálatas, que prontamente admitiram que
tinham iniciado sua vida cristã através do Espírito, por que eles estavam buscando maturidade
espiritual realizando obras da lei. O que ele quer dizer é que o mesmo espírito que os regenerou faz
com que a nova vida deles cresça.
Em 3.5, Paulo faz um pergunta semelhante relacionada ao ES. A linguagem que ele usa indica uma
experiência do Espírito que se estendeu além da recepção inicial dos gálatas. O verbo ?dá? sugere um
fornecimento contínuo com generosidade, enquanto ?opera? indica que Deus continuava a fazer
maravilhas através dos crentes cheios do Espírito que não tinha se entregado ao legalismo. A palavra
?maravilhas? refere-se às manifestações carismáticas do Espírito evidenciadas por sinais externos,
como os descritos em 1Co 12-14. A frase ?a promessa do Espírito?, em 3.14, também foi usada por
Pedro pra explicar o derramamento do ES no Pentecostes (At 2.33).
Estes versos ensinam que receberemos o Espírito através da fé e que Ele continua a se manifestar no
poder à medida que caminhamos na fé.
Em 5.16-25, Paulo descreve um conflito feroz e constante entre a carne, a nossa natureza propensa ao
pecado, e o Espírito que habita em nós. Somente o ES, quando nos submetemos passivamente ao seu
controle e caminhamos ativamente nele, pode nos permitir morrer pela carne (vs. 16-17), nos libertar
da tirania da lei (v.18) e fazer com que o fruto da santidade cresça em nossas vidas
(vs.22-23).
Esta seção (5.16-25) faz parte da exortação de Paulo em relação ao uso adequado da liberdade cristã.
Separada da obra do ES de controlar e santificar, a liberdade certamente acabará em libertinagem.